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Foto do escritorPai Marcelo de Xangô

RELIGIÃO INCLUSIVA E SEM POLUIÇÃO E LANÇAMENTO DA CARTA MAGNA DA UMBANDA EM BRAILLE.


A audiência pública promovida no dia 30/9 (segunda) na Alerj ligou duas vertentes essenciais: a acessibilidade e a inclusão em todos os terreiros e centros das religiões afro e outras mais. Seja a acessibilidade física para cadeirantes, por exemplo, seja para leitura de pessoas com deficiência visual.


Um fato histórico nessa audiência promovida pela Comissão do Cumpra-se! da Alerj através de uma proposição feita pelo Instituto Carta Magna da Umbanda foi o lançamento do documento CARTA MAGNA DA UMBANDA transcrito em Braille. Neste ato foi entregue ao Dr. Cristiano Marins Moreira, Coordenador da Coordenadoria Municipal de Acessibilidade e Inclusão (Comai) do município de São Gonçalo os dois volumes que transcrevem o referido documento, sendo este o motivador do Instituto a partir de uma intervenção do mesmo em uma audiência publica em São Gonçalo que o mesmo sinalizou a necessidade da inclusão e acessibilidade de todos em templos religiosos.



Braile ou braille é um sistema de escrita tátil utilizado por pessoas cegas ou com baixa visão. É tradicionalmente escrito em papel relevo. Os usuários do sistema Braille podem ler em telas de computadores e em outros suportes eletrônicos graças a um mostrador em braile atualizáveis. Eles podem escrever em braile com reglete e punção, máquina de escrever em braille, notetaker em braille ou computadores que imprimem braile em relevo.


O Braille recebeu este nome devido ao seu criador Louis Braille, que perdeu a visão em um acidente na infância. Em 1824, Braille desenvolveu aos 15 anos um código para o alfabeto francês em uma melhoria para a escrita noturna. Em 1829, ele publicou o sistema, que incluía a notação musical. Em 1837, ele publicou uma segunda revisão, que foi a primeira forma binária de escrita desenvolvida na era moderna. Os caracteres Braille são pequenos blocos retangulares chamados de células, que contêm minúsculas protuberâncias palpáveis chamadas de pontos levantados. O número e a disposição destes pontos distinguem os caracteres uns dos outros. Já que os vários alfabetos Braille originados como códigos de transcrição de sistemas de escrita impressa, os mapeamentos (conjuntos de designações de caracteres) variam de língua para língua.


Outro tema também tocado foi a sustentabilidade ambiental das religiões, com a atualização e a ampliação do Decálogo das Oferendas, lançado há 17 anos por 80 pais e mães de santo, sob a coordenação da nossa querida e saudosa Lara Moutinho.


Decálogo que contém instruções sobre como tratar os resíduos dos cultos religiosos, como evitar a questão das velas e da exposição ao fogo. Em suma, como conciliar o culto aos orixás ou outras divindades de qualquer natureza com o cuidado, o respeito e a prevenção das florestas, dos rios, das cachoeiras e cemitérios.


E na sequência dessa muito produtiva e participativa audiência pública, será lançando na Alerj um Projeto de Lei que incorpora os princípios do Decálogo das Oferendas e o Programa de Sustentabilidade das Religiões.


Assista na íntegra a audiência:




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